sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Capitalização da Petrobras: um bom negócio... para os bancos de investimento!

Está no jornal Folha de São Paulo de hoje (19/2/10):
Petrobras prepara capitalização para junho

Doze bancos de investimentos trabalham para levantar US$ 50 bilhões para a estatal financiar investimentos no pré-sal

Captação da Petrobras deve ser a maior já feita com venda de ações no mundo; operação ainda depende de aprovação do Congresso


TONI SCIARRETTA
DA REPORTAGEM LOCAL

Bancos de investimento nacionais e estrangeiros se preparam para levantar cerca de US$ 50 bilhões em dinheiro novo ainda em junho para a Petrobras.

(...)

Na operação, participam 12 dos principais bancos de investimento de alcance global, que têm o Banco do Brasil como uma espécie de "líder informal" do grupo devido à sua proximidade com o governo.

(...)

Trata-se do negócio mais importante do ano para os bancos de investimento com presença no Brasil. Os honorários desses bancos devem bater em US$ 100 milhões cada um, dependendo do montante que conseguirem trazer para a Petrobras. O valor equivale às receitas de um ano de trabalho das respectivas áreas desses bancos.

(Íntegra disponível para assinantes)

Muitos ganhos sem risco (como este dos bancos de investimento "escolhidos" - 12, de acordo com a FSP, de um universo de 16) poderão ser determinados pelas escolhas que serão feitas pela União e pela Petrobras nos termos em que a operação de capitalização da empresa está proposta no projeto de lei ainda pendente de aprovação no Congresso Nacional.

E o pior é que a União e a Petrobras nem esperaram pela decisão final - que cabe ao Congresso Nacional! - para negociar - sabe-se lá mais o que, porque negam que estejam negociando. A mesma postura autocrática serve para negar ao trabalhador a possibilidade de uso do FGTS.

Iludem-se os parlamentares que acreditam que aprovar a proposta do governo sem modificações será a garantia de benefícios (da operação de capitalização da Petrobras) para todos os brasileiros. Nem parlamentares, nem acionistas, nem trabalhadores e nem contribuintes estão sendo levados em consideração e serão beneficiados mesmo apenas alguns "escolhidos", como os 12 bancos de investimento.

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